Belém- Pará- Brasil

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A estrutura das cores " CURIOSIDADE"

             
estrutura da cor é dividida em estrutura física e psicológica. A estrutura física se subdivide em matiz, que é a que difere uma cor da outra; luminosidade, que é o componente que provoca alteração nas cores entre claro e escuro; saturação, que produz várias nuances de acordo com a pureza e intensidade da cor.
A estrutura psicológica relata a sensação inconsciente que a cor traz para o homem. A temperatura traz a sensação de que determinada cor é quente, fria ou morna. O contraste sucessivo traz a sensação de modificação das cores quando vistas em conjunto. Dimensão traz a sensação que a cor aproxima, distancia. Peso e tamanho traz a sensação que as cores escuras são menores e mais pesadas que as cores leves. No sabor, as cores quentes estimulam o apetite.
Em pesquisa realizada com 236 pessoas da Ásia, África e Europa, foi constatado que as mulheres percebem mais as cores do que os homens. Os pigmentos responsáveis pela absorção das cores, chamados opsinas, está presente no cromossomo X. A mulher possui dois X enquanto o homem possui um só, e isso faz com que a mulher tenha duas cópias de opsinas.

HISTORICO MDO CIRIO DE NAZARÉ



Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.
No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias. O percurso é de 3,6 quilômetros e já chegou a ser percorrido em nove horas e quinze minutos, como ocorreu no ano de 2004, no mais longo Círio de toda a história.
Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.
Além da procissão de domingo, o Círio agrega várias outras manifestações de devoção, como a trasladação, a romaria fluvial e diversas outras peregrinações e romarias que ocorrem na quadra Nazarena.
O domingo do Círio começa com a celebração de uma missa em frente à Catedral metropolitana de Belém, a Sé, às 5h30. Ao término da missa, às 6h30, é iniciada a procissão que percorre as ruas de Belém até a Praça Santuário de Nazaré, em um percurso de 3,6 quilômetros. Em 2004, o trajeto foi cumprido em 9 horas e 15 minutos, sendo registrado como o Círio mais longo de toda a história.
A cada ano, o Círio de Nazaré atrai um número maior de romeiros, reunindo, além dos fiéis de Belém e do interior do Estado, devotos de várias regiões do país e até mesmo visitantes estrangeiros. Durante todo o trajeto feito pela imagem de Nossa Senhora, os devotos fazem diversas manifestações de fé, além de enfeitar as ruas e casas em homenagem à Santa.
Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como patrimônio cultural de natureza imaterial. Mérito conquistado não só pela Imagem de Nossa Senhora de Nazaré, mas também pelo simbolismo da corda do Círio, que todos os anos é disputada pelos promesseiros que enchem as ruas de Belém de fé e emoção; dos carros de promessas, que carregam as graças atendidas pela Virgem; dos mantos de Nossa Senhora, que a deixam ainda mais linda; da Berlinda, que se destaca na multidão carregando a pequena Imagem tão adorada; e do hino “Vós sois o Lírio Mimoso”, canção que embala os milhares de corações que acompanham o Círio em uma só voz.
Após a grande procissão, a imagem da Virgem fica exposta no altar da Praça Santuário para visita dos fiéis durante 15 dias, período chamado de quadra nazarena.
Curiosidade: o termo “Círio” tem origem na palavra latina “cereus” (de cera), que significa vela grande de cera. Por ser a principal oferta dos fiéis nas procissões em Portugal, com o tempo passou a ser sinônimo da procissão de Nazaré aqui Belém e de muitas outras pelas cidades do interior do Pará.
História da devoção à N. S. de Nazaré
A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361, tendo sido esculpida por São José. Em decorrência de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, a imagem foi encontrada. A notícia se espalhou e muita gente começou a venerar a Santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela.
No Pará, foi o caboclo Plácido José de Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem da Senhora de Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a “Santinha”. O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local do achado, Plácido construiu uma pequena capela.
Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, em Belém do Pará. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro.
Tradicionalmente, a imagem é levada da Catedral de Belém à Basílica Santuário. Ao longo dos anos, houve adaptações. Uma delas ocorreu em 1853, quando, por conta de uma chuva torrencial, a procissão – que ocorria à tarde – passou a ser realizada pela manhã.
Virgem de Nazaré: Patrona do Pará
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA – ASSESSORIA TÉCNICA
LEI N° 4.371, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1971.
Proclama Nossa Senhora de Nazaré Patrona do Estado do Pará e dá outras providências.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ promulga e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° – Fica proclamada PATRONA DO ESTADO DO PARÁ NOSSA SENHORA DE NAZARÉ.
Parágrafo Único – O Governo do Estado do Pará prestará, anualmente, as honras de Estado à padroeira dos paraenses.
Art. 2° – A presente Lei poderá ser regulamentada pelo Governador do Estado.
Art. 3° – Esta Lei tem sua vigência a partir do dia 10 de outubro do corrente ano.
Palácio do Governo do Estado do Pará, 15 de dezembro de 1971.
FERNANDO JOSÉ DE LEÃO GUILHON
Governador do Estado
Georgenor de Souza Franco
Secretário de Estado de Governo
Círio: Fonte de Solidariedade
O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é experiência de fé, mas é também fonte de solidariedade. Boa parte da arrecadação da Festa é investida nas Obras Sociais da Paróquia de Nazaré (Ospan), desenvolvidas nas sete comunidades que compõem a sua área territorial. Milhares de pessoas são beneficiadas anualmente em seus projetos de atendimento laboratorial, distribuição de sopa e creches infantis.
A implantação do Serviço Social na Ospan se deu em 2002, na gestão do Padre Francisco Silva, na época pároco da Paróquia de Nazaré. O Padre solicitou, ao departamento de Serviço Social da Universidade da Amazônia (Unama), uma consultoria a respeito das necessidades da Paróquia de Nazaré. Hoje, com o serviço implantado, a responsabilidade do trabalho desenvolvido fica a cargo das técnicas Mônica Demachki (Coordenadora) e Hilda Muller (Assistente Social).
Os atendimentos médicos e odontológicos acontecem nas comunidades de São José e Santo Antônio Maria Zaccaria. Profissionais de saúde voluntários atendem mais de 3 mil pessoas por ano. A população carente recebe atendimento e orientações de higiene e saúde que fazem toda a diferença no seu dia-a-dia.
O pão é também repartido. Voluntários nas diversas comunidades preparam a sopa, que toda semana é fartamente distribuída aos que comparecem, o que ajuda a saciar a fome dos filhos de Nossa Senhora. As obras sociais têm vários projetos com a comunidade, entre eles, o programa inserção no mercado de trabalho, o programa adolescente trabalhador, o atendimento social e outros.
Cuidando também dos pequenos, as Obras atendem a mais de 500 crianças por meio das creches Sorena, Casulo (Santo Antônio Maria Zaccaria) e Cantinho São Rafael (Casa de Nazaré). Elas permanecem sob os cuidados de educadores das 7 às 17 horas, recebendo educação escolar básica, alimentação e muito carinho. São meninos e meninas entre dois e seis anos tendo a chance de crescer física, mental e espiritualmente, e participando ainda de atividades esportivas e culturais como danças e artes plásticas.
As Obras Sociais da Paróquia de Nazaré trabalham com valores que dignificam a vida do ser humano: ética, cidadania, universalidade, espírito de equipe, participação, respeito e confiança, espiritualidade, satisfação dos funcionários, humanização, qualidade de vida e compromisso institucional.

REDAÇÃO- Formas variadas de linguagem

Formas variadas de linguagem atestam uma ocorrência voltada para as diferentes circunstâncias comunicativas de que fazemos parte cotidianamente.

Demarcando as diferentes circunstâncias de comunicação, eis que nos deparamos com as formas variadas de linguagem
Demarcando as diferentes circunstâncias de comunicação, eis que nos deparamos com as formas variadas de linguagem
 
 Um bate-papo informal com os amigos, um discurso de formatura, aquele linguajar, digamos assim, diferente do seu, presenciado naquela viagem inesquecível, a conversa cotidiana que realiza com amigos por meio eletrônico, que embora frag-men-ta-da, não importa, é linguagem da mesma forma.
Como você pôde perceber, casos acima ilustram que, cotidianamente, posicionamo-nos na qualidade de emissores, bem como na de receptores, fazendo uso de diferentes linguagens, todas elas adequando-se ao contexto comunicativo. Pois bem, pautados nesses pressupostos, os quais, enquanto usuários da língua, não podemos descartar, formalizamos propósitos concebidos como relevantes, uma vez que a seção, a qual a partir de agora você irá compartilhar, aborda acerca desses aspectos, levando em conta que as formas variadas de linguagem constituem nossa estada no meio social.
Nesse sentido, amigo(a) usuário(a), você compreenderá a razão de fazermos uso de uma linguagem formal, haja vista que o contexto em que estamos inseridos requisita que nos adequemos à situação comunicativa – o que nos leva a conscientizar de que existe um modelo tido como padrão. Perceberá também que, em meio ao convívio social, alguns vocábulos, ainda que não dicionarizados, se farão presentes. Claro! Os neologismos não existem somente por existir.
Os estrangeirismos... Ah! Eles nem se fala! Pois basta atravessarmos a rua para depararmos com aquela loja cuja razão social se demarca não pela forma brasileira de se expressar, mas pela forma importada de outro país – fato que representa os tantos estrangeirismos com os quais convivemos, aqueles, tais como “fast-food”, “happy-hour”, para não citarmos os outros... isso demandaria um  certo tempo.
Voltando àquela viagem, pode ser que as constatações se materializaram por alguns exemplos, tais como “bergamota”, “mexerica”, “aipim”, “mandioca”... para não citarmos os demais, entende? Eles, somente eles, representam os regionalismos, claro!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Que país é este PATRIA 'QUE PRECISA NASCER DE NOVO


O nosso País anda mesmo em uma crise total, hospitais sem médicos (trazendo de outros países para poder exercer a função que os médicos daqui poderiam esta fazendo), ou não são capacitados o suficientes ??!!! fica a pergunta.mais será que estes médicos quando se escreveram sabiam da dificuldade que nossa saúde está enfrentando em pleno século XXI, com hospitais sem infra estruturas, sem gazes para fazer curativos, coitados da classe mais carente que depende desse hospitais morrem na fila, um dia desses mesmo tive um caso bem próximo, tive que chamar o 192 sabe o que o medico do outro lado da linha me disse  VÊ SE VOCÊ CONSEGUE UM CARRO PARA LEVAR O PACIENTE POIS NOSSAS AMBULÂNCIAS ESTÃO TODAS OCUPADAS, e olha que a pessoa na ocasião era cardiopata e hipertensa, graças a deus n aconteceu nada de mais grave, levamos a um medico particular.
 
Policiais militares fazem um cerco, nesta segunda-feira (30), nas imediações da Câmara de Vereadores
             vejo  que nossos professores me incluo, pois sou educadora, será que estamos capacitados também, para ensinar, pois nosso país não dar valor a  educação, professores em greve por todo país, levando spray de pimenta na cara e apanhando,de policiais que estão ali, por que um dia estiveram em uma sala de aula e aprenderam alguma coisa. mais será que se lembram deste fato em suas vidas. os professores estão ali reivindicando os direitos dos filhos deles , que não tem merenda escola, infraestrutura péssima nas maiorias das escolas, salas quentes, banheiros sujos,  e com tudo isso visto a olho nu , nós professores somos vistos como marginais , quando estamos reenvidicando  os direitos de nossos filhos, o que ganhamos com isso, porrada, bala de borracha entre outras coisa, em vez de respeito, isso é uma vergonha. quem sabe um dia em nosso país haja respeito ao professor, e outras áreas afins. 
PAZ

domingo, 29 de setembro de 2013

De volta

boa noite meus queridos leitores. infelzmente estive ausente por alguns meses. mais estou de volta, e espero poder atualizar nossas atividades, onde eu possa auxiliar vocês, e tirar duvidadas no que for preciso. por favor deixem seus comentarios e se tiverem tutoriais podem me mandar que postarei.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Acorda Brasil! somos Brasileiros, e brasileiro não desiste nunca

dedico este vídeo, a todos brasileiros, que tiveram coragem de acordar de uma utopia, e gritar, para exigir seus direitos, vamos continuar assim, afinal somos Brasileiros, e brasileiro não desiste nunca

domingo, 23 de junho de 2013

Evolução do Mito da Caverna!


História em quadrinhos com o Mito da caverna de Platão, com desfecho interessante...

O mundo de Sofia - filme completo



O Mundo de Sofia (Sofies verden em norueguês) é um romance escrito por Jostein Gaarder, publicado em 1991. O livro foi escrito originalmente em norueguês, mas já foi traduzido para mais de 50 línguas, teve sua primeira edição em português em 1995, que atualmente se encontra em sua 70ª reimpressão. Somente na Alemanha foram vendidos 3 milhões de cópias.

O livro funciona tanto como romance, como um guia básico de filosofia. Também tem temas conservacionistas e a favor da ONU. Em 1999, foi adaptada para um filme norueguês; entretanto, não foi largamente publicado fora da Noruega. Esse filme também foi apresentado como uma minissérie na Austrália, se não em outros lugares. Também foi adaptado para jogo de PC pela Learn Technologies em 1998.Recentemente, em 2008 essa versão cinematográfica do livro foi lançado no Brasil oficialmente em DVD.

Sócrates, Platão, Aristóteles.

Entre os anos 470 a 400 antes de Cristo, época em que viveu Sócrates, os habitantes da cidade de Atenas, na Grécia, diferente dos de Esparta, que mais se preocupavam em se preparar para a guerra, tiveram uma cultura bem desenvolvida e diversificada. Por volta do ano 450 a.C., um governante de Atenas chamado Péricles, além de fortalecer a democracia (participação do povo nas discussões e decisões políticas), incentivou a cultura atraindo para a cidade filósofos, poetas, artistas diversos. Sócrates viveu nesse período especial de Atenas, mas também conheceu a decadência de Atenas com a guerra e a peste.
                Sócrates foi aluno dos chamados “sofistas”, que eram mestres ambulantes, ensinavam de casa em casa para os que podiam pagar pelas aulas. Não havia escolas. Durante muito tempo Sócrates foi aluno desses mestres até o dia em que se voltou contra eles e se tornou um novo mestre.
                Vivia pelas praças dialogando com os jovens  e sem cobrar por essa atividade. Tentava libertar os jovens das manipulações das lideranças e voltava-se contra os sofistas, sobretudo por um motivo: eles ensinavam.
                Sócrates utilizava dois métodos de educação. Um ganhou o nome de “maiêutica”, palavra que deriva de mãe. Ele era filho de uma parteira. A função da parteira é ajudar a criança a vir à luz. Não é ela que faz a criança existir. Sócrates se dizia um parteiro de ideias. Afirmava que nenhum mestre podia ensinar nada porque as pessoas já nascem sabendo. Cada pessoa já nasce com todo o saber dentro de si. Cada pessoa é um “microcosmo”, um resumo do mundo. Mas precisa tirar esse saber de si para poder utilizá-lo. Por isso Sócrates não ensinava, apenas provocava. Para provar sua teoria ele em certa ocasião se pôs a dialogar com um escravo, iletrado. E sem afirmar nada, apenas questionando de maneira lógica e linear, fez com que o escravo chegasse a admiráveis conclusões intelectuais. Sua máxima era “conhece-te a ti mesmo”, isto é, aquilo que você precisa saber não busque nos mestres, busque dentro de si mesmo. O mestre deve apenas facilitar, ajudar.
                O outro método de Sócrates era a “ironia”. Ele procurava os considerados sábios dando a impressão de buscar uma lição no interlocutor. Com grande lógica e coerência de raciocínio acabava fazendo com que o outro desistisse do diálogo ou caísse em contradição. Então dizia: “Sou o mais sábio porque, pelo menos, sei que não sei”. Quem se considera sábio não aprende porque acredita que já sabe e para de pensar. É necessário sempre desenvolver mais o pensar e pensar sobre o que se aprende. O saber não se esgota. Não há nada sobre o que alguém saiba tudo. Dizia Sócrates “Só sei que não sei”.
                Sócrates acabou sendo condenado à morte acusado de estar incentivando a rebeldia, de estar corrompendo a juventude e ofendendo os deuses. Após o julgamento propuseram pagar certa quantia em troca de continuar vivendo. Seus discípulos queriam pagar, mas Sócrates considerou que isso significaria reconhecer-se culpado. Preferiu morrer. 

                Platão nasceu em 427 a.C. e pertenceu a uma família nobre de Atenas. Foi discípulo de Sócrates. Após a morte de seu mestre ele saiu de Atenas e fez muitas viagens. Trinta anos depois voltou à sua cidade e fundou uma escola que recebeu o nome de Academia.
                Em sua filosofia Platão afirma que o mundo que conhecemos não é verdadeiro. Para ele a verdade não está no que podemos ver, tocar, ouvir. Tudo o que pegamos, vemos, ouvimos não é a verdadeira realidade, mas apenas sombras.
                Na filosofia de Platão existem dois mundos: o primeiro é aquele que podemos perceber ao nosso redor, com os cinco sentidos. O outro é o mundo das ideias, onde tudo é perfeito e imutável. Não podemos tocá-lo, ele não é concreto. Só o pensamento pode nos levar até ele.
                Vemos as coisas que conhecemos como se fossem reais, mas elas não passam de sombras, ilusão. A verdade está fora, no mundo das ideias, na luz. Ou seja: é preciso desconfiar do que nossos olhos e ouvidos dizem. Devemos nos guiar pelo pensamento e pela razão.
                Platão afirmava que o corpo era um túmulo que aprisiona a alma. Um obstáculo ao pensamento; acreditava que para atingir a verdade e o bem, você deve se libertar da sedução dos sentidos.
                São os apelos do corpo, que nos levam a paixões descontroladas e nos afastam da verdade. Platão dizia que ele deve ser sempre submetido às avaliações do pensamento. (Viviane Mosé, entrevista ao programa Fantástico, R.Globo, 2005).
                Platão faz uma distinção entre dois mundos: o mundo material, dos sentidos, e o mundo ideal, das ideias, do pensamento. Para ele o mundo ideal é mais real do que o mundo material.

                Aristóteles nasceu em 384 a.C., em Estagira, na Macedônia. Jovem ainda foi para Atenas ingressando na Academia de Platão, onde permaneceu por vinte anos. Após a morte de seu mestre, Aristóteles era seu natural substituto na direção da Academia. Entretanto não pôde assumir tal função, por ser considerado pelos atenienses um estrangeiro. Decepcionado com o acontecimento deixou Atenas e partiu para a Ásia Menor.
                A sua fama de filósofo aumentava dia a dia quando Felipe II, Rei da Macedônia, o convidou para ser educador de seu filho Alexandre.··.
                Em 338 a.C., Aristóteles retornou a Atenas fundando sua própria escola que passou a ser conhecida como Liceu.
                Aristóteles concordava que era necessário incentivar a todos em função de se ir além das impressões dos sentidos, mas afirmava que todos os conhecimentos passam pelos sentidos. Para ele nada há em nossa consciência que não tenha passado pela experiência material. Ele discordou de seu mestre Platão de que haja uma distinção entre mundo ideal e mundo dos sentidos. Diferente de Platão, que era idealista  (porque partia das ideias), Aristóteles era materialista no sentido de que, para o aprendizado, ele valorizava a experiência com a matéria.
                Enquanto Platão vem do geral para o particular, Aristóteles vai do particular para o geral. Você imagina uma árvore. Para Platão essa imagem árvore é real, é verdadeira; vem do mundo das ideias. E quanto à árvore particular, aquela que você pode ver, tocar, cheirar? Um animal vê, toca e cheira a árvore, mas não vai além disso. O ser humano pode admirar, contemplar, pensar a árvore. Para Platão, conhecer a árvore é apenas reconhecê-la, pois o conhecimento da árvore já estava na alma (ideia) que foi aprisionada no corpo e permite ao corpo lembrar-se da árvore mais verdadeira, mais real, da qual todas as árvores são cópias. A ideia é mais perfeita do que a matéria. Eu posso destruir a árvore, queimá-la. Mas não posso destruir a ideia de árvore. Eu posso desenhar um triângulo e apagar o desenho, mas não posso apagar a imagem do triângulo que está em minha mente. Para Platão, a árvore que eu vejo e toco não é tão real quanto a árvore que eu imagino. Já para Aristóteles a árvore que eu imagino não é real, não existe. O que existe é a árvore que eu vejo e toco. Não existe “árvore”; o que existe é cada uma das árvores. E cada uma é particular, é diferente das outras, ainda que tenha semelhanças. Não quer dizer que eu não deva imaginar a árvore, mas saberei que a árvore imaginada é apenas uma classificação. Quando digo que 1+1=2 sei que o um é real, é aquilo que posso ver e tocar (e cada um é diferente do outro um). Mas o dois é apenas uma classificação.
                Existe um quadro famoso pintado por Rafaelo, no século XVI, que traz Platão apontando para cima e Aristóteles apontando para baixo. Para Platão o conhecimento deve ir do universal para o particular enquanto que para Aristóteles o conhecimento deve ir do particular para o universal. É a experiência com as árvores em particular que me leva a criar a ideia de árvore.
                Para Aristóteles Deus existe como um primeiro motor que faz tudo se mover sem ser ele mesmo movido por nada. A partir do pensamento de Aristóteles dirá mais tarde Tomás de Aquino que enquanto eu sou potência que pode se tornar ato, posso sempre melhorar, Deus não é poder, é ato puro, pois é perfeito, enquanto o homem tem uma tendência para a perfeição, que pode ser desenvolvida ou negada, acomodada. Mas ainda que ele não desenvolva a sua potencialidade, ela existe.

Platão e o mundo das idéias

Possível fisionomia de Platão
Possível fisionomia de Platão
 
          Entre todos os discípulos de Sócrates, o mais importante continuador de sua obra e que viria a superar os passos do próprio mestre, ao fazer a primeira sistematização do pensamento filosófico, foi Platão (428 a.C. - 347 a.C.).
Nascido em Atenas ou na localidade próxima de Egina, Arístocles (seu nome de batismo) veio ao mundo em uma família politicamente importante. Seu pai era descendente de Codro, o último rei de Atenas, e sua mãe teve entre seus antepassados o famoso legislador ateniense Sólon e possuía parentesco com Crítias e Cármides, dois dos Trinta Tiranos que governaram a cidade após a guerra do Peloponeso.
      Em suas primeiras décadas de vida, os interesses de Platão ainda não eram filosóficos. Inicialmente ganhou fama como um exímio lutador, advindo daí o apelido pelo qual o conhecemos até hoje (Platão, do grego plato, significa plano, mas também “largo” e “amplo”; ao que consta, era uma referência ao seu porte físico). Conseguiu alguma fama ao vencer os Jogos Ístmicos, embora não tenha conseguido chegar aos Jogos de Olímpia. Pouco depois tentou investir em carreira literária, mas seu sucesso foi limitado. Por fim, decidiu estudar a filosofia de Sócrates.
Após a morte de seu mestre, Platão partiu em longas viagens, nas quais seu pensamento filosófico se tornou mais maduro e refinado. Prova disso foram as ideias que desenvolveu em suas obras, as quais foram escritas em forma de diálogos, quase sempre tendo Sócrates como personagem principal.
           Dentre todos os diálogos platônicos, aquele que talvez sintetize com mais clareza o ponto central de sua filosofia tenha sido Timeu. Nesta obra, Platão estabelece a famosa diferença entre o mundo sensível (o mundo concreto no qual vivemos) e o mundo das ideiaseidos, em grego.
Segundo sua descrição, no início dos tempos, havia apenas as ideias — o Bem, a Verdade, o Humano, etc — até que um ser supremo, chamado Demiurgo, decidiu criar coisas a partir das mesmas. Essa teria sido a origem do mundo e de tudo que há nele (as pessoas, as sociedades, os costumes, e assim por diante). Para Platão, as obras do Demiurgo foram ricas, porém imperfeitas: baseavam-se em ideias perfeitas, mas eram apenas cópias.
A partir daí, segundo o filósofo, qualquer compreensão adequada sobre as coisas do mundo sensível deveria abstrair as suas imperfeições e chegar até a sua essência, chegar até o seu ideal. Por exemplo: no mundo existem diversos tipos de cães – grandes, pequenos, claros, escuros, etc — mas apesar das diferenças, todos eles são cães, ou seja, todos têm em si a essência do que é um cão.
         O mesmo raciocínio vale para os valores humanos. Enquanto os sofistas afirmavam, por exemplo, que justiça e injustiça eram meras convenções, Platão dizia que na verdade elas pareciam convenções porque havia muitas concepções diferentes de justiça; mas, se comparássemos todas elas e deixássemos de lado suas diferenças para olhar apenas o que nelas havia em comum, surgiria daí a essência do que era a Justiça.
Essa noção platônica de mundo sensível e mundo inteligível marcou época em toda a filosofia posterior e além, influenciando até mesmo muitos pensadores do cristianismo como Santo Agostinho. Porém, como nada em filosofia é isolado, cabe dizer que Platão teve duas grandes inspirações: Sócrates, através de seu método dialético e Pitágoras, através da sua noção de que além das aparências havia sempre uma essência simétrica, perfeita e harmoniosa (no caso pitagórico essa essência eram os números).
No fim de sua vida, Platão criou a primeira instituição filosófica da história. Comprou, nos arredores de Atenas, uma propriedade onde recebia discípulos para debates. Situada num lugar chamado Jardins de Academos, passaria à história como a Academia.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A FAVOR AO PROTESTO PACIFICO E REPUDIO AO VANDALISMO



A FAVOR AO PROTESTO PACIFICO
E REPUDIO AO VANDALISMO

QUE TODOS POSSAMOS LUTAR POR UM OBJETIVO CERTO, SIM AS TARIFAS BAIXAS, SIM A UM BOM SALÁRIO, SIM AS ESCOLAS DE QUALIDADE EM NOSSO PAÍS, SIM A HOSPITAIS COM BOAS INFRAESTRUTURAS, SIM A UM PODER POLÍTICO DIGNO QUE ANDE JUNTO COM O POVO, SIM A CRIANÇAS NAS ESCOLAS, SIM A UMA POLICIA HUMANITÁRIA, SIM A INCLUSÃO, SIM AO HOMOSSEXUAL, SIM A ESCOLA BILÍNGUE PARA SURDOS, SIM A PROFESSORES CAPACITADOS NAS ESCOLAS.

NÃO AS TARIFAS ABSURDAS COM ÔNIBUS QUE NÃO OFERECEM MÍNIMA CONDIÇÃO. NÃO AOS SALÁRIOS BAIXOS, ENQUANTO O TRABALHADOR SE MATA DE TRABALHAR  OS POLÍTICOS PASSEIAM EM SEUS JATINHOS, NÃO A MORTE SÚBITAS DE CRIANÇAS EM NOSSA CAPITAL POR NÃO TER HOSPITAIS COM INFRA ESTRUTURA ADEQUADAS, NÃO A CRIANÇAS NAS RUAS PEDINDO ESMOLAS, SE DROGANDO, NÃO A POLÍTICA CORRUPTA,NÃO A EXCLUSÃO, NÃO A  HOMOFOBIA, NÃO A FALTA DE PROFESSORES PARA ALUNOS SURDOS NAS ESCOLAS, NÃO A PROFESSORES MAL PAGOS .

O PROTESTO É BOM EM QUANTO SE PODE GRITAR POR NOSSOS DIREITOS, E SIM DEVEMOS LUTAR PRA CONSEGUIR, MAIS O VANDALISMOS POR POUCOS PREJUDICA O PROTESTO; O MELHOR PROTESTO DEVERIA SER NO DIA DAS ELEIÇÕES, ONDE O POVO DEVERIA IR AS URNAS E NÃO VOTAR. ANULAR SEU VOTO. ISSO SIM SERIA O MELHOR PROTESTO JÁ FEITO NUM PAÍS QUE SE DIZ DEMOCRÁTICO. E NEOLIBERAL, MAIS QUE SÓ VIVE NA UTOPIA DAS PESSOAS. ONDE A CLASSE DOMINANTE É QUEM MANDA
.

Resposta para os 20 centavos

Pra quem não entendeu ainda: os vinte centavos, um por um:

00,01 - a corrupção
00,02 - a impunidade
00,03 - a violência urbana
00,04 - a ameaça da volta da inflação
00,05 - a quantidade de impostos que pagamos sem ter nada em troca
00,06 - o baixo salário dos professores e médicos do estado
00,07 - o alto salário dos políticos
00,08 - a falta de uma oposição ao governo
00,09 - a falta de vergonha na cara dos governantes
00,10 - as nossas escolas e a falta de educação
00,11 - os nossos hospitais e a falta de um sistema de saúde digno
00,12 - as nossas estradas e a ineficiência do transporte público
00,13 - a prática da troca de votos por cargos públicos nos centros de poder que causa distorções
00,14 - a troca de votos da população menos esclarecida por pequenas melhorias públicas (pagas com dinheiro público) que coloca sempre os mesmos nomes no poder
00,15 - políticos condenados pela justiça ainda na ativa
00,16 - os mensaleiros terem sido julgados, condenados e ainda estarem livres
00,17 - partidos que parecem quadrilhas
00,18 - o preço dos estádios para a copa do mundo, o superfaturamento e a má qualidade das obras públicas
00,19 - a mídia tendenciosa e vendida
00,20 - a percepção que não somos representados pelos nossos governantes

Se precisarem tenho outros vinte centavos aqui, é só pedir.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Acorda BRASILLl!!!! PAZ sem Vandalismo


Estudantes brasileiros protestaram contra o aumento da tarifa do transporte público de São Paulo (SP) em frente ao hotel onde o governador do Estado, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, estão hospedados em Paris Bia Barbosa/Folhapress

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Prostesto , ,,,,,,,,,,,, Vergonha!!!!! de ser Brasileira

enquanto Neymar tem carro caríssimo , pessoas comuns lutam por seus direitos
as vezes da vergonha de ser brasileira!!!!

A QUE PONTO CHEGOU NOSSO PAÌS!!!!! É UMA VERGONHA!.


 

A que ponto chegou nosso país, depois de uma eleição democrática, onde procuramos eleger pessoas que lutem por nossos direitos, é com isso que nos deparamos, policiais mau caráter, que  estão atirando em pessoas que trabalham o mês todo por um salário indigno, que as vezes não dá nem para colocar o pão na mesa dos seus filhos, e por este motivo lutam por uma passagem orzobitante, que ira lhe fazer falta no fim do mês, enquanto isso os governantes estão viajando, em seus jatinhos e curtindo a mamata do povo.  Cadê a promessa feita em campanha é isso pancada no mais fraco, eu como blogueira fico com vergonha desse país que daqui a 1 ano ira ser a sede de um dos mais importante eventos mundial. A copa do mundo,  como iremos receber de cara limpa nossos visitantes isso é uma vergonha.

Protestos contra tarifa de ônibus


Existe terror em SP: o dia em que PMs atiraram ante aplausos e pedidos de não violência

Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo


Manifestante sozinho observa policiais atirando bombas e balas de borracha contra as pessoas no cruzamento das ruas da Consolação e Caio Prado, no centro de São Paulo
  • Manifestante sozinho observa policiais atirando bombas e balas de borracha contra as pessoas no cruzamento das ruas da Consolação e Caio Prado, no centro de São Paulo
Escrevo sobre aquela que seria uma manifestação contra o reajuste nas tarifas do transporte coletivo em São Paulo. O cheiro ainda forte de vinagre no corpo, a náusea e a ardência nos olhos e as lembranças de um cenário de guerra do qual eu pensava que estávamos livres no Brasil, no entanto, desvirtuaram naturalmente o propósito inicial do texto.
Acompanhei a movimentação dos manifestantes desde a aglomeração em frente ao Theatro Municipal, perto das 16h30. Ali mesmo a tensão já se anunciava com a detenção de um grupo de 40 pessoas, antes do protesto. Vi o momento em que um jovem indagou o porquê da ação, já na praça do Patriarca, e foi arrastado por três policiais militares para junto dos detidos.

Policiais atiram contra pessoas pedindo fim da violência

Existe terror em SP: o dia em que PMs atiraram ante aplausos e pedidos de não violência

Policiais atiram contra pessoas pedindo fim da violência

A passeata pelas ruas do centro, até a rua da Consolação, teve em muitos momentos clima quase de festa, fosse por parte dos ativistas, que improvisaram uma bateria –e vários deles estavam com flores às mãos –, fosse pela recepção de cidadãos em portarias de prédios e estabelecimentos comerciais que recebiam panfletos do movimento.
Ouvi um homem de uns 50 e poucos anos gritar "orgulho, meu" à massa. Massa que, aliás, contou com não apenas jovens, mas idosos, famílias, gente recém-saída do trabalho.

Cenas do protesto em SP

Elio Gaspari: Os distúrbios começaram pela ação da polícia, mais precisamente por um grupo de uns 20 homens da Tropa de Choque, que, a olho nu, chegou com esse propósito Leia mais
Existe terror em SP: "Fosse você manifestante, transeunte ou jornalista a trabalho, não havia saída pela via nem pelas transversais, todas cercadas pelo Choque. A cada arremesso de bomba, alguém pedia por vinagre ou o oferecia". Leia mais
Ataque à imprensa: Diversos jornalistas foram feridos e presos pela polícia durante a cobertura do ato. Vídeo mostra que um grupo se identifica e pede para que não seja atingido, mas os policiais ignoram e disparam tiros de borracha e bombas de gás lacrimogênio. Assista
Vídeo gravado durante os protestos em São Paulo mostra um policial quebrando, com socos, um dos vidros do próprio carro da polícia. Assista
    A transformação da 'micareta' veio na subida da Consolação, onde a passeata foi recebida por bombas de gás e tiros. Na correria rumo à praça Roosevelt, era explícito o temor de que a PM, que já começava a cercar o local, a invadisse com as armas.
    Na dispersão, uma boa parte subiu pela rua Augusta. Ali, as primeiras barricadas foram montadas com sacos de lixo. Olhávamos da rua Paranaguá, rumo à praça, e a Tropa de Choque se posicionava prestes a subir. Do lado de cima da Augusta, a cavalaria esperava quem quisesse chegar à Paulista.

    Idosa 'livra' grupo de detidos na Augusta; grávida passa mal

    Vi o momento em que, ainda na Augusta, próximo à rua Peixoto Gomide, pelo menos 50 manifestantes estavam detidos, com as mãos à cabeça, sentados na calçada. Eu, outra repórter e porteiros de um prédio residencial tentamos conter uma idosa que insistia em passar –"eu moro aqui do lado, preciso passar", dizia, com o carrinho de compras --, mas em vão. Na subida dela, os PMs se distraíram, e os detidos correram. Ao menos três bombas rolaram junto com eles.
    Já na Paulista, o clima era o pior possível. Uma grávida parada perto da estação de metrô Consolação, trancada, chorava e dizia que estava passando mal. Uma repórter pediu a um PM que parara o carro para checar o que havia que a levasse. "E daí que você é da imprensa?", ele devolveu, deixando a grávida sentada na calçada. Após insistência de outras pessoas, o carro transportou a mulher.
    Dali, a sequência de cenas explícitas de avanço dos policiais sobre quem quer que fosse –"manifestante baderneiro" ou não –seria menos pontual. O avanço da cavalaria com homens do Choque munidos de escudo foi ilustrado por tiros e muitas bombas.

    Bombas são lançadas em porta de banco; vinagre é lançado em solidariedade

    Junto a um grupo de pessoas que tentava voltar para casa, entrei em uma agência bancária do shopping Center 3 para fugir do gás. Gás lançado, por sinal, diante de aplausos irônicos. Bombas foram lançadas ali mesmo, na porta da agência. O pânico foi geral.

    domingo, 26 de maio de 2013

    ÉTICA DE SÓCRATES



    Sócrates (469-399 a.C.), filho de um escultor e de uma parteira, herdou as artes do pai e da mãe, tornado-se um escultor de almas e parteiro de ideias. Seu processo de pensamento filosófico consistia em fazer com que seus interlocutores buscassem, através do raciocínio e da aceitação de sua ignorância diante do assunto, suas próprias verdades, sem considerar os costumes e dogmas impostos.
    A esse processo deu o nome de Maiêutica (do grego – arte de trazer à luz), fazendo com que as pessoas com quem tinha contato, elaborassem suas próprias ideias e conceitos, trazendo-lhes, segundo Sócrates, a liberdade e a noção do que é realmente necessária à vida do homem, a sabedoria.
    Diferentemente dos Sofistas, que utilizavam a retórica como arte de influenciar e, assim, tirar proveito para si, Sócrates usava seu conhecimento e reflexão para elevar a alma humana (a essência do ser) ao nível das coisas supremas. Para ele, o ideal de busca do homem deveria ser o bem, o justo, o amor e o belo e via na ética e na moral, a base para se alcançar essa elevação. 
    A famosa frase “conhece-te a ti mesmo”, demonstra a clara opção de Sócrates pelo ser humano e suas peculiaridades. Para ele, as pessoas deveriam ter liberdade total de pensamentos e ideias, e a justiça deveria estar presente em todos os atos humanos. Considerando a justiça e a moral como que direcionando os atos humanos, pode-se inferir que, caso aja assim, o homem não terá o livre arbítrio, pois suas decisões seriam comandadas por essas duas regras. Nessa concepção de comportamento, todo ato que fugisse à justiça ou à moral, seriam condenáveis.
    A profunda concepção de liberdade e pensamento fazia com que Sócrates questionasse tudo, das leis humanas aos deuses, dos dogmas aos costumes e isso lhe trouxe a reputação de corruptor da juventude ateniense, pelo fato de fazer com que os jovens refletissem mais sobre a vida e os valores tidos como certos. Tal comportamento era inaceitável para a aristocracia da época e Sócrates foi julgado e condenado pelo tribunal ateniense.
     Mesmo diante do tribunal e da certeza de sua condenação, Sócrates manteve a postura de quem não teme nada, consciente de sua própria consciência, de que nada fez que merecesse a condenação. No relato de seu maior discípulo e biógrafo, Platão, Sócrates assim de defende: “Ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um pouco mais sábio que ele exatamente por não supor que saiba o que não sei”.
    Essa declaração demonstra claramente a ideia de Sócrates de que, todo homem deve estar ciente de sua ignorância, para se mantiver de mente aberta a novos conhecimentos. Se acreditarmos que sabemos tudo, não aceitaremos opiniões e ideias novas e, portanto, ficaremos estagnados em nosso pseudoconhecimento.A força dos discursos de Sócrates e sua presença imponente são tão nítidas que as palavras ficaram marcadas em seus discípulos. Com ele aprenderam o valor da filosofia, da amizade, do caráter e da verdade e a valorizar a essência das coisas, deixando de lado as banalidades como poder, reputação e riqueza, desenvolvendo uma postura de reflexão e liberdade de pensamentos, que busca o bem e dá acesso à felicidade e a sabedoria.