Realizado em Belém do Pará há mais de
dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas
procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de
dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do
Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré,
a mãe de Jesus.
No segundo domingo de outubro, a
procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de
Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis
durante 15 dias. O percurso é de 3,6 quilômetros e já chegou a ser
percorrido em nove horas e quinze minutos, como ocorreu no ano de 2004,
no mais longo Círio de toda a história.
Na procissão, a Berlinda que carrega a
imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior
do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o
percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em
homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi
registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza
Imaterial.
Além da procissão de domingo, o Círio
agrega várias outras manifestações de devoção, como a trasladação, a
romaria fluvial e diversas outras peregrinações e romarias que ocorrem
na quadra Nazarena.
O domingo do Círio começa com a celebração de uma missa em frente à Catedral metropolitana de Belém, a Sé, às 5h30. Ao término da missa, às 6h30, é iniciada a procissão que percorre as ruas de Belém até a Praça Santuário de Nazaré, em um percurso de 3,6 quilômetros. Em 2004, o trajeto foi cumprido em 9 horas e 15 minutos, sendo registrado como o Círio mais longo de toda a história.
O domingo do Círio começa com a celebração de uma missa em frente à Catedral metropolitana de Belém, a Sé, às 5h30. Ao término da missa, às 6h30, é iniciada a procissão que percorre as ruas de Belém até a Praça Santuário de Nazaré, em um percurso de 3,6 quilômetros. Em 2004, o trajeto foi cumprido em 9 horas e 15 minutos, sendo registrado como o Círio mais longo de toda a história.
A cada ano, o Círio de Nazaré atrai um
número maior de romeiros, reunindo, além dos fiéis de Belém e do
interior do Estado, devotos de várias regiões do país e até mesmo
visitantes estrangeiros. Durante todo o trajeto feito pela imagem de
Nossa Senhora, os devotos fazem diversas manifestações de fé, além de
enfeitar as ruas e casas em homenagem à Santa.
Por sua grandiosidade, o Círio de Belém
foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como patrimônio cultural de
natureza imaterial. Mérito conquistado não só pela Imagem de Nossa
Senhora de Nazaré, mas também pelo simbolismo da corda do Círio, que
todos os anos é disputada pelos promesseiros que enchem as ruas de Belém
de fé e emoção; dos carros de promessas, que carregam as graças
atendidas pela Virgem; dos mantos de Nossa Senhora, que a deixam ainda
mais linda; da Berlinda, que se destaca na multidão carregando a pequena
Imagem tão adorada; e do hino “Vós sois o Lírio Mimoso”, canção que
embala os milhares de corações que acompanham o Círio em uma só voz.
Após a grande procissão, a imagem da
Virgem fica exposta no altar da Praça Santuário para visita dos fiéis
durante 15 dias, período chamado de quadra nazarena.
Curiosidade: o termo
“Círio” tem origem na palavra latina “cereus” (de cera), que significa
vela grande de cera. Por ser a principal oferta dos fiéis nas procissões
em Portugal, com o tempo passou a ser sinônimo da procissão de Nazaré
aqui Belém e de muitas outras pelas cidades do interior do Pará.
História da devoção à N. S. de Nazaré
A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361, tendo sido esculpida por São José. Em decorrência de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, a imagem foi encontrada. A notícia se espalhou e muita gente começou a venerar a Santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela.
A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361, tendo sido esculpida por São José. Em decorrência de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, a imagem foi encontrada. A notícia se espalhou e muita gente começou a venerar a Santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela.
No Pará, foi o caboclo Plácido José de
Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje
se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem da Senhora de
Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana
e, no outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e
lá estava a “Santinha”. O fato teria se repetido várias vezes até a
imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local do achado, Plácido
construiu uma pequena capela.
Em 1792, o Vaticano autorizou a
realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, em Belém do
Pará. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom
Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de
setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que
poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a
partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a
procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro.
Tradicionalmente, a imagem é levada da
Catedral de Belém à Basílica Santuário. Ao longo dos anos, houve
adaptações. Uma delas ocorreu em 1853, quando, por conta de uma chuva
torrencial, a procissão – que ocorria à tarde – passou a ser realizada
pela manhã.
Virgem de Nazaré: Patrona do Pará
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA – ASSESSORIA TÉCNICA
LEI N° 4.371, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1971.
Proclama Nossa Senhora de Nazaré Patrona do Estado do Pará e dá outras providências.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ promulga e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° – Fica proclamada PATRONA DO ESTADO DO PARÁ NOSSA SENHORA DE NAZARÉ.
Parágrafo Único – O Governo do Estado do Pará prestará, anualmente, as honras de Estado à padroeira dos paraenses.
Art. 2° – A presente Lei poderá ser regulamentada pelo Governador do Estado.
Art. 3° – Esta Lei tem sua vigência a partir do dia 10 de outubro do corrente ano.
Palácio do Governo do Estado do Pará, 15 de dezembro de 1971.
FERNANDO JOSÉ DE LEÃO GUILHON
LEI N° 4.371, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1971.
Proclama Nossa Senhora de Nazaré Patrona do Estado do Pará e dá outras providências.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ promulga e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° – Fica proclamada PATRONA DO ESTADO DO PARÁ NOSSA SENHORA DE NAZARÉ.
Parágrafo Único – O Governo do Estado do Pará prestará, anualmente, as honras de Estado à padroeira dos paraenses.
Art. 2° – A presente Lei poderá ser regulamentada pelo Governador do Estado.
Art. 3° – Esta Lei tem sua vigência a partir do dia 10 de outubro do corrente ano.
Palácio do Governo do Estado do Pará, 15 de dezembro de 1971.
FERNANDO JOSÉ DE LEÃO GUILHON
Governador do Estado
Georgenor de Souza Franco
Secretário de Estado de Governo
Georgenor de Souza Franco
Secretário de Estado de Governo
Círio: Fonte de Solidariedade
O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é
experiência de fé, mas é também fonte de solidariedade. Boa parte da
arrecadação da Festa é investida nas Obras Sociais da Paróquia de Nazaré
(Ospan), desenvolvidas nas sete comunidades que compõem a sua área
territorial. Milhares de pessoas são beneficiadas anualmente em seus
projetos de atendimento laboratorial, distribuição de sopa e creches
infantis.
A implantação do Serviço Social na Ospan se deu em 2002, na gestão do Padre Francisco Silva, na época pároco da Paróquia de Nazaré. O Padre solicitou, ao departamento de Serviço Social da Universidade da Amazônia (Unama), uma consultoria a respeito das necessidades da Paróquia de Nazaré. Hoje, com o serviço implantado, a responsabilidade do trabalho desenvolvido fica a cargo das técnicas Mônica Demachki (Coordenadora) e Hilda Muller (Assistente Social).
A implantação do Serviço Social na Ospan se deu em 2002, na gestão do Padre Francisco Silva, na época pároco da Paróquia de Nazaré. O Padre solicitou, ao departamento de Serviço Social da Universidade da Amazônia (Unama), uma consultoria a respeito das necessidades da Paróquia de Nazaré. Hoje, com o serviço implantado, a responsabilidade do trabalho desenvolvido fica a cargo das técnicas Mônica Demachki (Coordenadora) e Hilda Muller (Assistente Social).
Os atendimentos médicos e odontológicos
acontecem nas comunidades de São José e Santo Antônio Maria Zaccaria.
Profissionais de saúde voluntários atendem mais de 3 mil pessoas por
ano. A população carente recebe atendimento e orientações de higiene e
saúde que fazem toda a diferença no seu dia-a-dia.
O pão é também repartido. Voluntários nas diversas comunidades preparam a sopa, que toda semana é fartamente distribuída aos que comparecem, o que ajuda a saciar a fome dos filhos de Nossa Senhora. As obras sociais têm vários projetos com a comunidade, entre eles, o programa inserção no mercado de trabalho, o programa adolescente trabalhador, o atendimento social e outros.
Cuidando também dos pequenos, as Obras atendem a mais de 500 crianças por meio das creches Sorena, Casulo (Santo Antônio Maria Zaccaria) e Cantinho São Rafael (Casa de Nazaré). Elas permanecem sob os cuidados de educadores das 7 às 17 horas, recebendo educação escolar básica, alimentação e muito carinho. São meninos e meninas entre dois e seis anos tendo a chance de crescer física, mental e espiritualmente, e participando ainda de atividades esportivas e culturais como danças e artes plásticas.
O pão é também repartido. Voluntários nas diversas comunidades preparam a sopa, que toda semana é fartamente distribuída aos que comparecem, o que ajuda a saciar a fome dos filhos de Nossa Senhora. As obras sociais têm vários projetos com a comunidade, entre eles, o programa inserção no mercado de trabalho, o programa adolescente trabalhador, o atendimento social e outros.
Cuidando também dos pequenos, as Obras atendem a mais de 500 crianças por meio das creches Sorena, Casulo (Santo Antônio Maria Zaccaria) e Cantinho São Rafael (Casa de Nazaré). Elas permanecem sob os cuidados de educadores das 7 às 17 horas, recebendo educação escolar básica, alimentação e muito carinho. São meninos e meninas entre dois e seis anos tendo a chance de crescer física, mental e espiritualmente, e participando ainda de atividades esportivas e culturais como danças e artes plásticas.
As Obras Sociais da Paróquia de Nazaré
trabalham com valores que dignificam a vida do ser humano: ética,
cidadania, universalidade, espírito de equipe, participação, respeito e
confiança, espiritualidade, satisfação dos funcionários, humanização,
qualidade de vida e compromisso institucional.
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