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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Bullying Como ajudar seu filho

Bullying
Como ajudar seu filho
Você pode não saber, mas seu filho pode estar sendo alvo de humilhações e ameaças na escola. Dependendo da freqüência com que isso ocorre, as reações que o “bullying” provoca nas crianças podem ser extremas, se não identificadas e tratadas a tempo.

                A “cultura do medo” parece que realmente se infiltrou em nossa sociedade. A todo o momento somos bombardeados com notícias sobre os mais diversos tipos de violência como roubos, seqüestros, tráficos de drogas, assassinatos e outras barbáries. Somada a isso, a violência agora atinge o lugar onde menos se espera que algo de ruim possa acontecer: as escolas. Mais que o medo da violência que pode atingir seus filhos, os pais devem estar atentos ao fato de que as crianças podem estar sendo vítima de “bullying”. Em português, “bullying” significa ameaça ou intimidação. O termo inglês pode ser ainda pouco conhecido pela sociedade, mas o seu significado há muito tempo é comum entre crianças e adolescentes que se sentem humilhados, perseguidos ou intimidados.
          Apesar de não haver dados que apontem o número de homicídios e violência praticados nas escolas, tornou-se comum ver nos jornais notícias sobre alunos que vão armados para o colégio e que acabam por matar outros alunos e, em alguns casos, até professores. Quando pegas, essas crianças alegam ter cometido o crime por sentirem-se ameaçadas pelos colegas, ou serem vítimas de algum tipo de discriminação ou “chacota”.
Um estudo feito por membros da Coordenação Técnico-Científica do Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes, realizado em 11 escolas da cidade do Rio de Janeiro, mostrou que 40% de 5.800 alunos, de 5ª a 8ª série, disse já ter se envolvido em atos de “bullying”, seja como autor do ato, alvo, ou até em ambos os casos; 28% revelou ser alvo; 60% dos alunos afirmou que o bullying ocorre com maior freqüência dentro da sala de aula e 80% admitiu que o bullying motiva um sentimento negativo que provoca uma repercussão ruim no ambiente escolar, gerando insegurança e medo de ser a próxima vítima.
Muitas vezes, a vítima escolhida por um grupo acaba por se isolar. Vivendo assim, a humilhação em silêncio, e como os ataques se repetem dia a dia, as crianças acabam por se sentirem rejeitadas. Isso gera na criança que é humilhada um desinteresse pelos estudos e pela escola, podendo resultar até em depressão e em comportamentos e reações violentas.
                A psicóloga infantil Luciana Gandelman diz que o acolhimento e o carinho dos pais é fundamental para ajudar a criança ou o adolescente vítima do bullying a trabalhar melhor com os seus sentimentos e a enfrentar o problema da melhor maneira possível.
“O bullying é um comportamento que deve ser combatido desde cedo e logo que identificado, pois forma dois tipos de indivíduos em desequilíbrio. Um de extrema baixa estima, que relega as suas potencialidades em razão dos conflitos psicológicos acarretados pelo bullying. O outro é perverso, não aceita limites, não compreende a diferença e sente prazer em maltratar o seu semelhante”, conclui a psicóloga.

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