Você sabe quando usar planos, atividades, sequências ou projetos?
Para preservar o sentido do conteúdo, evitar sua fragmentação e
distribuir os temas em função do tempo de aprendizagem, o ensino pode
ser organizado de acordo com as chamadas modalidades organizativas.
Abaixo, você confere um resumo sobre cada uma das modalidades:
Plano de aula Forma
de organizar a aula com foco numa atividade específica (leitura
exploratória de um texto, resolução de um tipo de um tipo de problema
matemático etc.). Como dura apenas uma aula, costuma ser usado para
apresentar um conteúdo ou explorar um detalhe dele.
Atenção Não
se esqueça de incluir uma atividade diagnóstica inicial (para verificar
os alunos sabem sobre o assunto) e uma avaliação final (para indicar o
que aprenderam).
Atividade permanente Também
chamada de atividade habitual, é realizada regularmente (todo dia, uma
vez por semana ou a cada 15 dias). Ela serve para construir hábitos e
familiarizar os alunos com determinados conteúdos. Por exemplo: a
escrita de parlendas e de listas, semanalmente, faz com que os alunos
reflitam sobre o sistema alfabético e, aos poucos, compreendam a relação
entre o que se escreve e o que se lê.
Atenção Ao
planejar esse tipo de tarefa, é essencial saber o que se quer alcançar,
que materiais usar e quanto tempo tudo vai durar. Vale sempre contar
para as crianças que a atividade em questão será recorrente. Com o
tempo, os alunos passam a prever a atividade que será proposta, de tão
habituados.
Sequência didática Conjunto
de propostas com ordem crescente de dificuldade. O objetivo é focar
conteúdos particulares (por exemplo, a regularidade ortográfica) numa
ordenação com começo, meio e fim. Em sua organização, é preciso prever
esse tempo e como distribuir as sequências em meio às atividades
permanentes e aos projetos.
Atenção É comum
confundir essa modalidade com o trabalho do dia a dia. A questão é: há
continuidade? Se a resposta for não, você está usando uma coleção de
atividades com a cara de sequência.
Projeto didático Reunião
de atividades que se articulam para a elaboração de um produto final
forte, em que podem ser observados os processos de aprendizagem e os
conteúdos aprendidos pelos alunos. Costuma partir de um desafio ou
situação-problema. Trabalhados com uma frequência diária ou semanal,
podem estender-se por períodos relativamente prolongados (um ou dois
meses, por exemplo), tornando os alunos especialistas num determinado
tema.
Atenção O erro mais comum é um certo
descaso pelo processo de aprendizagem, com um excessivo cuidado em
relação à chamada culminância (a elaboração do produto final).
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